[Rubenio Marcelo]
Eu quero aqui concramá
O meu cumpade Zé Bira
E toda companheirada
Pro mode numa catira
Cantá iguá cantadô
–Pois eu não sei quem falou
Que o Cordel é caipira!
Alialas, num é cordel
O trem se chama cordé
É mais face de rimá
Pois Zé rima cum bordé
Pro mode rima cum bode
Traia cum paia já pode...
Uai, sô! Sou menestré!
Quero tumém cunvidá
Esses cantadô de bossa
Pro mode vim visitá
Meus cafundó, minha paioça
Aqui nóis e Chico Bento
Vamu cantá noite a drento
Um galope-a-beira-roça...
Quem fô cantadô fié
Num traga eche tá de mote
E pu favô num cunvide
Eche ôtro tá de ibope
Só cum nosso tope venha
Cunvide o Chico das brenha
E cumpadim Mazarope
Vamu cantá o cordé
Pro mode, cum arrilia,
Assanhá todas muié
Na festança das quadria
Na noitada de São João
Filomena e Bastião
Vão aprendê cantoria
É anssim, vou insiná
Nosso matuto cordé
Pois é o mió que há
Cum nóis num tem aranzé
Home impareia cum fome
Ou tumém cum lubisome,
Cuié rima cum muié
Tem essa tá de sêxtia
Que faiz pareia cum fia,
Cum famia ou então
Rima cum a septia
Tem um trem que me afuleima
Essa lambança de teima
Na matuta-cantoria
Finarmente vô dizê
Prá toda famiação,
O cordé num é aquele
Que Otacílio e seus irmão
Cantavo lá no Nordeste
Aqueles troço só ixeste
Praquelas banda de chão
Pruquê agora essa tá
De curtura de cordé
Cum toda sua ciença
De seis, sete ou dez pé
Já num assusta ninguém,
Ê coisão bão eche trem...
Uai! Já sou menestré!
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